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terça-feira, 3 de abril de 2012

BRASIL: Deputado quer fim da 'algazarra' e propõe que uso de laser no estádio dê dois anos de prisão

As canetas lasers iluminam os estádios de futebol, viraram brinquedos do torcedor e servem como arma para atrapalhar o adversário. Apesar de cada vez mais constantes, podem estar com os dias contados. Um projeto de lei apresentado na Câmara dos Deputados propõe que o uso do feixe de luz seja proibido nos eventos esportivos e vire crime com punição de até dois anos de prisão.
Os lasers podem causar danos graves à visão, mas a principal preocupação do deputado Carlaile Pedrosa (PSDB-MG), autor do projeto, é com a imagem do país na Copa do Mundo de 2014. Na visão do político, é preciso acabar com a brincadeira, que ele chama de ‘algazarra’.
“Estamos na véspera de uma Copa. O Brasil não pode passar por um vexame como esse. Queremos impedir essas pessoas de fazer algazarra. Queremos um espetáculo digno e acabar com essa palhaçada que é atrapalhar o adversário”, disse, ao UOL Esporte.
A intenção é que o uso do laser seja inscrito no artigo 41-B do Estatuto do Torcedor e tenha pena que varie de um a dois anos de prisão, além de multa. A punição é a mesma nos casos de atos violentos e depende da interpretação do juiz. O projeto ainda aguarda despacho do presidente da Câmara dos Deputados.
Pedrosa alega que também está preocupado com os protagonistas do espetáculo, já que a brincadeira pode ser prejudicial à saúde. De acordo com o oftalmologista do Instituto de Moléstias Oculares (IMO), Eduardo de Lucca, o uso contínuo do laser pode causar lesões graves à retina, mesmo que nenhum caso desse tipo tenha sido detectado no esporte.
O médico explica que a incisão do feixe de luz por tempo prolongado pode causar a queimadura dos tecidos. Mas como os atletas estão em constante movimentação, a chance de acontecer é muito pequena.
“O laser é um feixe de luz de alta energia que pode até cegar. Mas ele precisa ficar fixado por muito tempo nos olhos. O esporte é muito dinâmico e o raio se dispersa com a distância. Mas é possível ofuscar a visão e atrapalhar o jogador”, afirmou.
“Isso tem acontecido muito na aviação. O feixe entra na cabine e prejudica a visão dos pilotos, em um momento muito delicado que é nos pousos e decolagens. É muito perigoso. Por isso virou grande motivo de preocupação nos aeroportos”, contou.

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