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domingo, 25 de março de 2012

Quer ter um bom plano de saúde vitalício? É só ser eleito senador

Matéria publicada na edição de hoje de 'O Globo' informa que além da verba indenizatória de R$ 15 mil e do direito de contratar até 72 servidores, os senadores e seus dependentes têm direito a assistência médica em caráter vitalício, ou seja, pelo resto da vida. A reportagem mostra que reembolsos particulares chegam a ultrapassar R$ 100 mil por ano. E tem mais um agravante: ex-senadores, mesmo aqueles com privilegiada situação financeira ou no exercício de outros cargos, continuam recorrendo ao Senado para obter os reembolsos suas despesas médicas. Outro absurdo é que desde a última legislatura, em 2007, e até agora, o Senado gastou R$ 17 milhões e 900 mil com ressarcimentos por despesas médicas com senadores no exercício do mandato. Pior ainda, com os ex-senadores a conta chegou a R$ 7 milhões e 200 mil. E o detalhe é que ninguém precisa pagar nada pelo benefício. Quem paga é o contribuinte/eleitor através de seus impostos, os mais elevados do mundo;

O show de absurdos continua, pois a matéria também informa que os senadores no exercício do mandato não têm um teto para o gasto, bastando apenas apresentar notas, caso optem por médicos e clínicas não conveniadas. Para aqueles que não têm mais cargo, mas permaneceram pelo menos 180 dias corridos exercendo o mandato de senador, como é o caso dos suplentes, o teto anual é de R$ 32.958,12, valor que nem sempre é respeitado. O limite é um parâmetro não levado a sério pelo Senado. O ex-senador Moisés Abrão Neto (PDC-TO), por exemplo, foi reembolsado, em 2008, em R$ 109.267,00 - isso mesmo! - por despesas médicas, que vem a ser o triplo do limite. Já Divaldo Suruagy (PMDB-AL), que exerceu o mandato entre 1987 e 1994, recebeu, em 2007, R$ 41.500,00 por despesas odontológicas. Deve estar hoje exibindo um belo sorriso, em todos os sentidos. Afinal, não saiu do bolso dele e foi o eleitor/contribuinte quem pagou a conta;


Na matéria de 'O Globo' tomamos conhecimento de que alguns ex-senadores parecem seguir à risca o valor fixado em R$ 32.958,12 e apresentam faturas no valor exato, incluindo os centavos. Pode parecer absurdo, mas, embora sendo milionários, alguns ex-senadores não têm vergonha  de apresentar faturas para o Senado pagar. É o caso de João Evangelista da Costa Tenório (PSDB-AL), que em 2007 assumiu a vaga de Teotônio Vilela, eleito governador de Alagoas. Ele é usineiro naquele estado e dono de emissora de TV, mas no ano passado foi ressarcido em R$ 25.859,00;

A todo hora essa 'Colenda Casa Legislativa' se supera num autêntico show de escândalos e malversação do dinheiro público, comprovando em cada um deles ser totalmente desnecessária a sua existência. Além do mais, ultimamente anda sendo pessimamente povoado por figuras como José Sarney, Jader Barbalho, Renan Calheiros, Fernando Collor e outras figuras do mesmo naipe. E agora, um dos grandes moralistas que pareciam figuras isoladas do Senado acaba de ter sua reputação colocada em cheque, como é o caso do Senador Demóstenes Torres (DEM-GO),envolvido em suspeitas intimidades com o 'empresário' Carlinhos Cachoeira, do Jogo do Bicho, aquele antigo auxiliar direto do então Chefe da Casa Civil do ex-presidente Lula, Zé Dirceu, o famoso Waldomiro Diniz, flagrado recebendo uma 'polpuda' propina de míseros R$ 3 mil. É para isso que serve o Senado? Isso é mais uma prova de sua inutilidade. De http://pontoetvirgula.blogspot.com.br/

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