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terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

Advogado do 'jet ski com vida própria' é da turma de Valdemar do mensalão

247 - Responsável pela defesa do adolescente envolvido na morte da menina Grazielly Almeida Lames, o advogado Maurimar Bosco Chiasso já deixou claro como vai tentar livrar de punição o menor e seus pais – família abastada de Mogi das Cruzes, no leste da capital paulista. Em coletiva à imprensa, o sócio-proprietário do escritório Maurimar Chiasso Advogados disse que o rapaz não pilotava o jet ski na praia de Bertioga, no litoral norte de São Paulo, e que o homicídio culposo, registrado pela polícia, é na verdade um “fatídico acidente”. Segundo Chiasso, o pai do adolescente estava em outra cidade, os padrinhos não estavam com ele na hora do “acidente” e a mãe entrou em desespero e, com o garoto, tentou “reparar alguma coisa”. Familiares da vítima relatam, porém, que ninguém prestou socorro à menina de três anos atingida pela embarcação.
Maurimar Chiasso chegou a aventar até a possibilidade de dano mecânico para justificar o “acidente”. Além de advogado, o autor da tese que pode inocentar o adolescente e família é juiz aposentado e foi professor universitário. Em seu perfil no Linkedin, rede corporativa na internet, ele pode ser visto com a foto de uma bebê, quiçá uma neta. Na época da foto, menor que Grazielly.
Mas Chiasso não é só conhecido pelas boas linhas de defesa que cristalizaram sua carreira de advogado. Ele também tentou enveredar pela política. O advogado é ligado ao deputado Valdemar Costa Neto (PR-SP), aquele envolvido em uma série de denúncias do Ministério dos Transportes, como superfaturamento de contrato e recebimento de propina. Aquele também que renunciou ao mandato em 2005 por estar envolvido com o mensalão do PT. A renúncia foi uma artimanha para evitar a cassação do mandato de deputado federal. Valdemar não conseguiu escapar, entretanto, de virar réu no processo do mensalão no Supremo Tribunal Federal.
Apesar da proximidade com o político Valdemar Costa Neto, aparentemente um beneficiário da cultura da impunidade no Brasil, Chiasso não colheu bons frutos. Em 1998, o advogado se candidatou a deputado estadual pelo PRTB, mas sua votação foi inexpressiva. Teve menos de quatro mil votos e não conseguiu se eleger.
Em tempo: o portal Terra conta outra história. Diz que Chiasso sublinhou a “infantilidade” e “irresponsabilidade” do adolescente ao tentar dar a partida no jet ski.

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