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sábado, 28 de janeiro de 2012

PT avalia ‘peso’ do apoio de Kassab

Enquanto aguardam novos “acenos” do PSD de Gilberto Kassab a respeito de uma coligação na eleição de outubro, integrantes do PT se dividem sobre o peso que o apoio do prefeito – e da máquina da administração – teria na campanha de Fernando Haddad. O assunto deve ser o principal tópico de discussão na reunião que o PT organiza amanhã para tratar de eleições.
Defensores da aliança com Kassab estimam que o apoio do prefeito poderia agregar cerca de 10% do eleitorado aos tradicionais 30% que o PT costuma atingir nas eleições paulistanas. Nessa linha, integrante do partido diz que, com 45% dos votos totais, é possível assegurar a vitória na eleição.
Um segundo grupo, mais cético, avalia que o principal benefício de uma coligação com o PSD é tirar a legenda do arco de alianças dos tucanos. “O PSDB não tem tanta força partidária na capital, e a máquina estadual tem influência reduzida e demorada na cidade. Não se compara ao poder da máquina da Prefeitura, que pode influenciar mais rapidamente com serviços como recapeamento e outras obras de zeladoria”, afirma petista.
Para ele, na campanha de 2008 Kassab “tomou” eleitores emergentes que apoiavam o PT nas zonas leste e sul da cidade, mas o partido deve recuperar esse segmento agora. “Restaria o eleitor mais fiel ao prefeito, conservador, que não tende a migrar tão facilmente para uma campanha petista, mas não é impossível.” O petista ainda duvida da adesão integral da bancada de vereadores do PSD, com dez integrantes.
“Muitos poderiam fazer ‘jogo duplo’ com o PSDB”, avalia. Um terceiro grupo, por sua vez, acha que o apoio do prefeito apenas trará prejuízos ao PT. Nessa ala, ao menos dois parlamentares já se manifestaram de forma pública: o deputado federal Carlos Zarattini e a vereadora Juliana Cardoso.
Resistência na internet
Ontem, um dia após Dilma Rousseff e Kassab trocarem elogios em cerimônia na qual o prefeito condecorou a presidente com medalha da capital, Juliana divulgou na internet manifesto contra eventual coligação PT-PSD. “Apresentar-se ao lado do PSD é desmoralizar oito anos de luta e de oposição, travadas por petistas e pelos movimentos sociais, contra a política higienista, excludente e autoritária, implementada na cidade pela dupla Kassab/José Serra”, escreveu.
Segundo a parlamentar, a aproximação de Kassab teria como objetivo “enfraquecer o partido e a possibilidade de o PT ganhar a Prefeitura”. “Por isso, reagimos contra as manifestações favoráveis à proposta do prefeito, feitas por alguns membros do nosso partido. Não podemos aceitar!”
Além do PT, Kassab trabalha com outros dois cenários: apoio à candidatura de Serra, que resiste a concorrer, ou lançamento do vice-governador Guilherme Afif pelo PSD. De http://www.jt.com.br/politica/

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