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quinta-feira, 20 de outubro de 2011

MUNDO: Milhares de líbios saem às ruas para comemorar morte de Kadafi

(EFE).- Milhares de líbios foram às ruas de Trípoli nesta quinta-feira para comemorar a morte do ex-ditador Muammar Kadafi, que estava sendo procurado há quase nove meses pelas forças do Conselho Nacional de Transição (CNT).

Segurando bandeiras tricolores (verde, vermelho e preto), tocando buzinas, cantando, dançando e agradecendo aos céus, a comemoração da população líbia podia ser vista em todas as partes, incluindo Sirte, cidade que viu nascer e morrer o ditador que governou o país durante 42 anos.

"O sangue dos mártires não será esquecido", gritavam a coro centenas de pessoas concentradas na antiga Praça Verde de Trípoli, que os rebeldes rebatizaram com o nome de Praça dos Mártires, em uma homenagem aos mortos da revolta que explodiu no mês de fevereiro contra o regime de Kadafi.

"Takbir" gritavam os mais animados. A expressão era usada para encorajar o restante das pessoas a cantarem "Allahu Akbar" (Deus é Grande) na praça que durante o regime de Kadafi se transformou em um símbolo da determinação do líder líbio. Aliás, mesmo com toda pressão envolvida, o ex-ditador resistiu firmemente ao movimento que exigia sua queda.

A explosão de felicidade de Trípoli se repetiu em outras cidades do país, como Benghazi, onde o movimento de protesto foi iniciado no dia 15 fevereiro.

Após a confirmação da morte de Kadafi, os moradores dessa cidade, que continua sendo a sede do Conselho Nacional de Transição (CNT), se reuniram para manifestar a alegria pelo fim de uma era.

Após a queda de Sirte e a morte de Kadafi, a cidade de Benghazi perderá a relevância alcançada durante estes meses, já que Trípoli deverá ser nomeada a nova capital do país.

A comemoração pela morte de Kadafi também se estendeu para outros países, onde vivem muitos líbios que fugiram da repressão. Na capital tunisiana, uma centena de feridos líbios, que estavam se recuperando em um hotel, deixaram seus quartos e saíram para a rua para comemorar.

"Estou feliz porque agora tenho um país", disse à Agência Efe o jovem líbio Mustafa Mohamed Soul, garantindo que estava se recuperando de seus ferimentos, da mesma forma que outra centena de companheiros e umas 20 famílias.

"Acho que finalmente tenho futuro. Nosso futuro, a partir de agora, se chama Liberdade, Justiça e Cultura", afirmou Mustafa, que foi ferido na batalha da tomada de Trípoli, realizada em agosto.

Os pacientes líbios, que receberam tratamento médico em hospitais da Tunísia se concentraram pouco a pouco na porta do hotel onde estão hospedados. De maneira discreta, os líbios se cumprimentaram uns aos outros enquanto repetiam: "Allahu Akbar".

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