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sexta-feira, 16 de setembro de 2011

BRASIL>Golpe em hospital militar

Auditoria interna realizada pelo Comando do Exército identificou uma série de   irregularidades ocorridas nos últimos anos no Hospital Militar de Área de   Brasília. Entre outros problemas, a auditoria detectou casos de direcionamento   de licitação e despesas com valores superfaturados. O prejuízo calculado é de   R$3,6 milhões. A fiscalização aponta como supostos responsáveis alguns civis e   muitos militares, inclusive oficiais.
Os   fatos - "impropriedades", segundo a auditoria - ocorreram entre 2004 e 2008,   mas os envolvidos não foram responsabilizados até hoje. Essa demora gerou a   abertura de uma Tomada de Contas Especial (TCE), em 2010. Segundo o Centro de   Comunicação Social do Exército (Cecomsex), atualmente, a TCE está na fase de   "qualificação dos responsáveis e de quantificação do dano ao   erário".
A   auditoria concluiu que houve falta de uma rotina formal para aquisição de   órteses, próteses e materiais especiais; fragilidade no fornecimento de   materiais e "discrepância nos preços praticados pelas empresas fornecedoras".   Constatou ainda que houve "devassa do sigilo da proposta" de empresa   participante de licitação.
Num   documento reservado, um contador-auditor diz que os processos envolvem   possíveis prejuízos à Fazenda Nacional e pede que a auditoria seja encaminhada   à Chefia do Estado-Maior do Comando da 11ª Região Militar (de Brasília). "O   relatório de auditoria especial quantificou o dano ao Erário e qualificou os   responsáveis", diz a auditoria, que lista nome de militares   envolvidos.
O   relatório passou pelas mãos de vários oficiais. A Chefia da Seção de Auditoria   de Gestão e Fiscalização encaminhou vias da auditoria, entre outros, para o   gabinete do comandante do Exército. Dois generais - José Carlos Nader Motta,   diretor de Auditoria, e Gilberto Arantes Barbosa, secretário de Economia e   Finanças - emitiram despachos para a instalação de uma investigação via Tomada   de Contas. O general Motta deixou essa função em março deste ano.
"Tendo   em vista as peculiaridades encontradas nessa auditoria especial, que envolvem   um número expressivo de militares e servidor civil, como também o alto valor   do dano causado ao erário, proponho ao secretário de Economia a transformação   dessa auditoria em Tomada de Contas Especial", afirmou o general Nader Motta   no encaminhamento de seu despacho, atendido pelo general Barbosa.
Sobre   o ressarcimento ao Erário, o Cecomsex informou que essas providências serão   implementadas com o término da fase interna, que é a atual Tomada de Contas   Especial. "As providências de ressarcimento do dano serão implementadas com o   término da fase interna, após as concernentes notificações dos   responsáveis."
O   Cecomsex informou ainda que o processo será enviado ao Tribunal de Contas da   União, para análise e julgamento. É a fase externa, "quando será dada a   possibilidade da ampla defesa e do contraditório aos agentes públicos   responsabilizados". A investigação feita pela Tomada de Contas é na esfera   administrativa. Após esta fase, o processo completo será remetido também ao   Ministério Público Militar.De O   GLOBO

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